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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

SUSPENSÃO

Decidiu a Comissão Política Nacional do PNR, na sua última reunião em que não estive presente, face a alguns desacertos (determinados na maior parte dos casos por excesso de empenho e generosidade) de actuação de alguns núcleos do Partido, suspender os mesmos até que para eles seja devidamente estabelecida uma regulamentação e código de actuação.
Estou certo que, como Secretário-Geral do PNR não me seria exigido ao Santarém-Nacional (que nasceu nas legislativas para promover o PNR no distrito de Santarém), que ditasse a sua auto-suspensão. Mas sou assim. Não há nem deve haver pessoas acima da lei, neste caso das normas do Partido que represento. Por isso até decisão contrária, este espaço, encerra as portas (esperemos que temporariamente), prometendo voltar ao seu combate pelo PNR no distrito de Santarém (de preferência com o envolvimento de mais gente) tão breve quanto possível.
Exorto, ainda que, por respeito com esta decisão os demais blogs locais do PNR cessem (temporariamente) a sua actuação.
Quanto a este vosso camarada, se a paciência e os dotes me ajudarem maçá-los-ei num blog pessoal. Se tal acontecer disso vos darei notícia.
Humberto Nuno de Oliveira

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

REBATENDO COMENTÁRIOS... CARTA A UM EX-CAMARADA

No seu blog, o meu colega de faculdade e ex-camarada (posto que se afirma afastado da política activa e do nacionalismo onde ardentemente militou) Miguel Castelo Branco , não obstante afirmar amiúde nada pretender contribuir para o campo sociologicamente e tradicionalmente designado de "direita", por ao chegar à sua idade se ter remetido a uma espécie de monaquismo urbano (decisão que é sua e que, naturalmente, deve ser respeitada) não resiste (o "bichinho" da política é terrível, ainda que o não queira reconhecer...), igualmente amiúde, a opinar sobre algo de que, por moto próprio, se afastou.
Revisitas Miguel, num post recente, o nosso saudoso Rodrigo Emílio para a ele ires recolher três problemas que nos assolavam: "a Direita portuguesa padece de três taras atávicas: a tara moralona, a tara jurídica e a tara autoritária". Para concluires que "o vulgo que se reivindica «de direita» tem uma inclinação incontrolável para o psitacismo [Trata-se de uma perturbação psiquíca que consiste em repetir as palavras sem ter em mente as ideias por elas representadas. Na realidade, Miguel, possuidor de elevada cultura, sempre tiveste tendência para o uso de palavras que os teus leitores/ouvintes nem sempre entendem, aqui fica o esclarecimento para que possa ser entendido] dos «valores», uma reverência quase supersticiosa perante a «lei» e uma adoração servil pela autoridade."
Parece, porém, que na tua vontade de zurzir o pau (desculpa-me esta reminiscência das polémicas sergianas...) contra com quem acamaradaste (como dizia o nosso Rodrigo Emílio), confundes a tara moralona do Rodrigo com os teus «valores» e daí equiparas-nos a todos a sacristães e a mim, em particular, a quem a LEI e o AUTORISTARISMO agradam, de causídico e homem de cajado.
Ora francamente Miguel, não fora a tua fúria contra o "nacionalismo", que não sei bem de onde provirá..., e saberias bem que são coisas bem diferentes. Não podes nem deves tomar "a nuvem por Juno", como bem sabes. Já no teu tempo de militância nacionalista tantas vezes abundavam os truísmos (tantas vezes teus e meus) e falhavam o pensamento e a criatividade... que, no nosso saber e boa vontade, tentávamos ultrapassar.
Quanto à quase "total ausência de humor", conheces-me e sabes o que penso sobre o assunto, mas decididamente não me parece que devam ser os blogs nacionalistas o local exacto para tais manifestações. Quanto às ousadias de erotismo igualmente me parece, a existirem, não deverem ter aí lugar. Mas isso digo eu que, embora ache que não, se calhar sou um moralão... Moralão não serei, seguramente, mas prezo como bem sabes os VALORES e sem eles, caro Miguel, nada nos distinguirá dos demais animais.
De qualquer modo as críticas são sempre fáceis, o mais complicado é fazer... mas dessa tarefa quiseste tu demitir-te.
Um abraço

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

ESTREIA

Estreia hoje, com o "susuru" costumeiro das ocasiões, o filme "Munique" de um conhecido realizador, do qual (por motivos que bem sei...) não sou cliente.
Aos mais novos e a todos aqueles que vão dar dinheiro para a "coisa" que vejam pelo menos, a lição fundamental do filme, como actua o Estado mais terrorista do mundo no combate ao terrorismo...
E mais não escrevo que com as leis que para aí andam a aprovar... ainda me prendem...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

NAS COSTAS DOS PORTUGUESES...

Quando da 6ª revisão constitucional, por acordo entre PSD e PS, pasmem-se os que ainda se derem ao trabalho(e sobretudo aqueles que acham que esses partidos verdadeiramente representam os Portugueses), foram introduzidas no número 2 do artigo 13º duas singelas palavrinhas que irão obrigar, num futuro não muito distante, os portugueses a serem confrontados com escolhas que não subscrevem.
Escrevo, como aliás já tantas vezes publicamente afirmei, que nada tenho contra os homossessuais de per si, mas jamais posso reconhecer a sua opção como normal. A normalidade é una, não plural.
Por isso a porta aberta com a alteração da "orientação sexual" ainda irá trazer muitos dissabores aos portugueses.
O projecto do "berloque" já aí está e a JS prepara o seu...
Esperemos.
Como bem se recordam, até ao momento o PNR foi o único partido a denunciar esta tão "pequena" e subreptícia alteração do artigo 13º.
Para que conste!

DA CRÓNICA SEMANAL DE CÉSAR DAS NEVES

Nem sempre concordo com as posições do controverso professor católico, João César das Neves, mas esta semana por a considerar particularmente importante, "roubo-lhe" o excerto seguinte:
(...) A liberdade exige que cada um possa ter a vida que quiser. Mas não força a que todos achem que todas as alternativas são equivalentes; tal como a liberdade religiosa não exige que se ensinem nas escolas as teorias de qualquer seita. Uma pessoa, em liberdade, tem o direito de pensar que a homossexualidade é uma depravação, tal como pode achar que o criacionismo não é ciência. Isso, em si, não significa homofobia e intolerância, desde que não persiga os que pensam de forma diferente da sua. Pelo contrário, é o Parlamento Europeu que, ao consagrar na lei geral a posição abstrusa, viola a liberdade.

Não é discriminação tratar de forma diferente aquilo que é diferente. Os activistas pensam que a homossexualidade é igual ao casamento, tal como os criacionistas acham que o Génesis é ciência. Mas as relações homossexuais, tal como a promiscuidade, incesto, pedofilia e bestialidade, nunca foram consideradas equivalentes à família, até nas sociedades antigas que as tinham como correntes.

Os benefícios que o Estado concede à família, célula-base da sociedade, não são direitos individuais ou simples manifestação do amor mútuo. Eles provêm dos enormes benefícios que a comunidade humana recebe da solidez familiar, no nascimento de bebés, educação dos jovens, trabalho, estabilidade emocional, amparo de idosos. Esses benefícios não podem ser estendidos a qualquer outra relação, só porque alguém a considere igual.

O Parlamento Europeu não é para levar a sério. Ao tentar impor dogmas alheios a toda a legislação dos países civilizados, ao acusar de violação de direitos humanos todas as sociedades modernas, só se desprestigia a si mesmo.

SÓ MUDOU MESMO A COR DO CARTÃO...

Basta atentar na capa de ontem de "O Diabo" para percebermos como mudou o país sob a (des)governação socialista...
Ora vejam lá estes três títulos:
- "O Banco de Portugal é dos mais despesistas da Europa";
- "Fisco investiga gestores públicos";
- "Pensões de luxo para altos funcionários do Estado".
E ainda há quem se atreva a sugerir que tudo se manteve na mesma... francamente.
Na próxima oportunidade não se esqueçam... votem na mesma pandilha... esta ou a outra, como fica provado é exactamente a mesma...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

NÓS NÃO ESQUECEMOS...

Conforme prometido nós não esquecemos os nossos compatriotas assassinados na África do Sul. Sábado, algumas centenas de portugueses (poucas, é verdade) lembraram a cobardia e a inacção dos governantes de Portugal.
A Alameda D. AFonso Henriques cobriu-se de cruzes em memória daqueles que tombaram naquelas paragens meridionais.


É certo que, no neo-logismo que a Portugvesa já aportou ao Nacionalismo português, existiram, ainda muitos manifestantes de sofá. Mas como costumo dizer só fizeram falta os que tiveram coragem para dar a cara, esquecer o comodismo e suportar as adversidades do clima.


O discurso do nosso Presidente, não poupou certeiras críticas a Sampaio "o Presidente de todos os imigrantes", nem aos sucessivos governos que se demitem das suas mais elementares obrigações.


Com o mais elevado civismo encerrámos este acto patriótico com um minuto de silêncio, em que do meio das cruzes cravadas no terreno se elevou o fumo vermelho evocativo do sangue derramado, a que se seguiu a entoação da "Portuguesa".

sábado, 28 de janeiro de 2006

É LOGO À TARDE...

Apesar do quase total bloqueio da comunicação social às nossas iniciativas (tal como um cronista do sistema já havia preconizado no "Público" após a última manifestação contra o lóbi gay), lá estaremos na Alameda D. Afonso Henriques, para gritar bem alto as verdades que os outros pretendem silenciar.
É contigo, Português, que sentes como nós as afrontas destes políticos corruptos que contamos. Junta a tua à nossa voz em defesa dos nossos compatriotas e contra a inação, apatia e cobardia dos que nos (des)governam.
Não faltes!
O PNR precisa da tua voz!
Portugal precisa da tua voz!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

É AMANHÃ... NÃO FALTES!!!


MANIFESTAÇÃO PELAS 15.ooh NA ALAMEDA D. AFONSO HENRIQUES


NÃO FALTES. AQUELES QUE DÃO VOZ À REVOLTA SENTIDA PELOS PORTUGUESES QUE TANTOS PRETENDEM ABAFAR, ESPERAM POR TI!!!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

RESCALDO DAS ELEIÇÕES

Concorreram 6 candidatos de esquerda.
O menos mau foi o menos votado.
Ganhou um tecnocrata já bem conhecido (eu pelo menos ainda não me esqueci dos tempos do "cavaquistão", embora muitos dos meus concidadãos sim...) do qual nada de bom podemos esperar.
O marocas perdeu para o Alegre... é indiferente mas dá um certo gozo.
O Anacleto, infelizmente, conseguiu mais que os 5%... esteve quase a não chegar... isso é que seria giro...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2006

ANIVERSÁRIO

Pois é... quase sem me aperceber passou um ano desde que abri este blog. Estavamos então, em plena campanha para as legislativas e o meu velho camarada e amigo Pedro João, ao receber um texto meu para o seu blog me disse: "Oh Humberto Nuno, porque não abres um blog", ripostei-lhe que nada sabia do assunto (e, verdadeiramente, ainda não sei...), mas lá me exortou e assessorou e a "coisa" apareceu. A ele, pois o meu principal agradecimento.
Palavras ainda de agradecimento para todos aqueles que, ao longo deste ano, enviaram sugestões e comentários (mesmo os menos próprios ou decentes que, a toda a hora, me servem para relembrar quão enganado estava o Rousseau...), para o blogs amigos mais antigos e em particular ao Nuno Portugal pelas mudanças que recentemente me ajudou a fazer aqui na casa.
Balanço não o devo nem quero fazer, outros que o façam se encontrarem motivos para tal. O único balanço a fazer é o de que Portugal está bem pior do que estava há um ano atrás e tal é uma constatação que não gostaria de ter de fazer.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

NOTAS SOLTAS IX

Choque Tecnológico - Seguindo a atávica tendência nacional de que o ensino é algo dispensável, para não dizer quase desprezível, o nosso anedótico (des)governo revela que um seu ministro se opõe à instalação de um polo do MIT entre nós. Como estamos, a nível da educação, na cauda da Europa, não parece importar pois a instalação em Portugal desse núcleo de excelência da Universidade de Harvard... o mais grave é que esta burrice parece ser mesmo uma Gaguice...

3ª revelação - É o terceiro grande investimento estrangeiro anunciado para o nosso país esta semana pelo nosso (des)governo que assim parece acordar da crise em que ainda mais nos mergulhou... A serem exactamente como anunciadas seriam boas notícias, é evidente. O mal é que sabemos que hoje é o grande capital e as grandes empresas (e não os Estados) que determinam as localizações dos seus investimentos e no caso da IKEA, o nosso Sócrates ofereceu "melhores condições" daquelas apresentadas pela Espanha e pela França. Esperemos que para o país seja mesmo uma mais valia... é que como se diz... quem muito se baixa... E como ainda sem o negócio firmado já o afirmou publicamente agora ainda mais está nas mãos dos suecos... a ver vamos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2006

NOTAS SOLTAS VIII (Acho eu...)

Há já bastante tempo que não alinhavava umas Notas Soltas, aqui vão as oitavas, acho eu...
ATÉ N' "O DIABO" - Penso que muitos dos meus leitores, tal como eu, não possuem particular paciência para os denominados, para não usar o anglicismo, fazedores de opinião. Salvava-se, até há última edição "O Diabo", onde escreviam, colunistas consagrados, daqueles a que o sistema não quer dar voz. Surpreendeu-me assim a presença de Vasco Rato (homem do sistema que já nos atormenta na TV, e em tantos outros jornais) a defender o assassino Ariel Sharon (que contrariamente ao que diz não é apenas criticado pela esquerda mas tão apenas por quem não faça um emprego selectivo da memória), a política sionista e o seu grande irmão americano (resquícios da juventude, ele que foi emigrante no Canadá...?).
Trata-se como sabem, de um pensador do PSD, que a poder mandar proibiria o nosso partido... Mais um democrata, já se vê...
A PROPÓSITO - Consegui ir este fim-de-semana ao cinema. Raro prazer nos tempos que correm... e com os bilhetes a semelhantes preços. Adiante. Fui ver o "Jarhead", traduzido entre nós por "Máquina Zero". Bom filme e boa crítica à boçalidade americana. Realmente como pode semelhante gente ganhar guerras? Erros crassos militares, ganzas, rap e companhia, álcool e eis o soldado americano. De elite, ainda por cima... como será a tropa regular???
Grande lição: a absoluta inutilidade da presença americana no Iraque logo na 1ª Guerra do Golfo.
P.S. - não é de admirar no país onde ainda hoje o reverendo Mummert (Dover, USA) explica a não existência de dinossáurios porque "a arca de Noé não era suficientemente grande", 53% (sondagem Gallup) acham que a espécie humana foi criada directamente por deus em apenas seis dias e o seu presidente declarou, no passado 2 de Agosto, que apoia a teoria de origem divina da vida devendo a mesma ser ensinada ao mesmo nível da teoria científica de Darwin, verdadeiro émulo do bispo Samuel Wilberforce do século XIX. Como diriam os "américas" nos filmes " I rest my case".

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

POBRE MARIA... TRISTES GOVERNANTES...

Sabem os deuses que, para além das óbvias e merecidas, não tenho particulares razões de apreço, ou estima, pelo Generalíssimo Franco (desde logo porque sendo galego pensava como castelhano...) a ele vou roubar (com a devida vénia), porém, uma frase que aplicava aos “rojos” e que aplico eu aos nossos governantes: No se os puede dejar solos.

Ora leiam lá estas novas que chegam via “Correio da Manhã” e às quais apenas acrescentei parcos comentários.
Maria Monteiro, filha do antigo ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a nossa embaixada em Londres.

Para que tão imprescindível mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram a título excepcional (claro está…) uma contratação de pessoal especializado.

Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.

As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos. Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.

É desta forma que se cala a boca a muita gente que não acredita nas potencialidades do nosso país, os zangados da vida que só sabem criticar a juventude, ponham os olhos nesta miúda.

A título de curiosidade, o salário mensal da nossa nova adida de imprensa da embaixada de Londres daria para pagar as progressões de 193 técnicos superiores de 2ª classe, de 290 Técnicos de 2ª classe ou de 290 Assistentes Administrativos.

O mesmo salário daria para pagar os salários de, respectivamente, 7, 10 e 14 jovens como a Maria, das categorias acima mencionadas, que poderiam muito bem despedir-se, por força de imperativos orçamentais.

Estes jovens sem berço, que ao contrário da Maria tiveram que submeter-se a concurso, também ao contrário da Maria já estão habituados a ganhar pouco e devem habituar-se a ser competitivos.

A nossa Maria merece.

Também a título de exemplo, seriam necessários os descontos de IRS de 92 portugueses com um salário de 500 Euros a descontar à taxa de 20%. Novamente, a nossa Maria merece.
Ora digam lá se o Franco não tinha razão? Dizem-me sempre que estes assuntos são apenas pequenas "migalhas"... mas, sabemos todos quantas destas migalhas andam por aí. Todos temos a certeza que das mesmas se faria um colossal pão que tanto proveito traria ao país...

E não se esqueçam... nas próximas eleições votem nos mesmos, estes ou os outros, pois conforme sempre vos avisei só mudaria mesmo a cor do cartão...

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

GOLPE DE ESTADO...OU APENAS FALTA DE RESPEITO PELOS SÍMBOLOS NACIONAIS?

Na costumeira e esperançosa mensagem de ano novo do que deveria ser o Presidente da República, divulgada na passada semana, o Sr. Bensaúde deixou-me, confesso, em estado de choque. Não naturalmente pelo verbo, que nem sempre lhe corre de feição e que francamente já não me surpreende, nem pela subserviência a interesses externos que, infelizmente, pautou a sua actuação nos últimos dez anos, nem sequer por não colocar, como deveria ser a sua obrigação primeira, os interesses de Portugal e dos Portugueses antes de todas as suas demais cogitações.

Na realidade o Sr. Bensaúde veio, na sua pose tradicional de pseudo-estadista e gravatinha “à Prof. Marcelo”, mostrar ao país que, conforme muitos já haviam avisado (entre os quais este vosso escriba) se operou uma magna transformação sem que, uma vez mais, os Portugueses fossem informados. Portugal deixou de ser um estado soberano. E ninguém protestou (excepto, talvez, eu que de imediato liguei para a Presidência da República…) ao que tenho visto e esperei uma semana antes de escrever.

Na realidade, conforme o demonstra, infelizmente não com a clareza que desejaria a imagem que abaixo se coloca, o Sr. Bensaúde arengou aos portugueses tendo, conforme o viram todos vós, a bandeira da União Europeia (as estrelinhas ainda que mal são claramente visíveis) à direita da bandeira nacional (à extrema esquerda de quem observa).

Tal é, simbologicamente, um sinal que Portugal é uma entidade subordinada àquela e contraria o disposto no Decreto-Lei n.º 150/87 de 30 de Março sobre o uso da Bandeira Nacional. Não me deveria já admirar neste nosso país em que toda a dignidade se vai perdendo, consequentemente a devida aos símbolos nacionais; convém, pois, lembrar o artigo 1º daquele Decreto-Lei:

A Bandeira Nacional, como símbolo da Pátria, representa a soberania da Nação e a independência, a unidade e a integridade de Portugal, devendo ser respeitada por todos os cidadãos, sob pena de sujeição à cominação prevista na lei penal.

Será que o Presidente estará consciente desta tão importante transformação no estatuto do país a que preside? Ou será apenas desrespeito? Neste caso dever-se-ia aplicar a competente moldura penal.

Humor negro à parte é apenas mais um sinal de que neste país em que, de acordo com a abrilina terminologia, o maior garante da defesa de tais símbolos os ignora e avilta. Bastaria ler a alínea a) do artigo 8º do mesmo Decreto-Lei para aprender: Havendo dois mastros, o do lado direito de quem está voltado para o exterior será reservado à Bandeira Nacional.

Mas para se preocupar com estas “minudências” seria necessário que o Sr. Bensaúde (ou na falta dele a cáfila de adjuntos ou assessores inúteis principescamente pagos por nós) sentisse a verdadeira importância dos símbolos nacionais e de Portugal.

Aliás, como eloquente, na imagem abaixo a pecha com os símbolos nacionais já é antiga neste quase ex-residente do Palácio de Belém. Um país que não respeita os seus símbolos maiores dificilmente se pode respeitar como tal…