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quarta-feira, 26 de janeiro de 2005

ECOS DE CAMPANHA V – SOBERANIA NACIONAL… OU FALTA DELA…

Numa Europa crescentemente federal as assimetrias entre grandes e pequenos assumem particular evidência. Tal é válido para o conjunto da Europa, bem assim como para as várias regiões naturais que nela coexistem.

Integrou-nos a natureza num espaço geopolítico específico composto (por enquanto) por apenas dois Estados. Portugal e a Espanha partilham uma área geopolítica comum – a Península Ibérica.

É pois, determinante que, em qualquer espaço político em que nos queiram integrar, tenhamos em especial atenção o nosso relacionamento com quem partilha a mesma área geopolítica que nós. Ora parece que é exactamente o inverso que os nossos governantes vêm promovendo, ao deixarem por definir, com medo de melindrarem o outro, os Grandes Objectivos Nacionais.

Portugal vem há largas décadas fazendo como a avestruz, escondendo-se crê não ser vista ou mesmo não existir. Mas existem outros animais, logo outras posturas e o nosso vizinho peninsular estuda tradicionalmente bem a sua lição.

Em política internacional não há amigos, apenas interesses a defender, como é sabido, e é a execução desta máxima, ou não, que nos permite aferir o nosso grau de soberania. E a nossa capacidade de defender os nossos interesses anda lamentavelmente por baixo. Não vos falo, naturalmente, de que se mova guerra a Espanha mas tão somente que, no contexto da tão falada irmandade europeia, tenhamos a coragem de nos areópagos competentes defendermos, num clima de diálogo, aquilo que constituí a defesa do nosso interesse nacional, ainda que, tal possa colidir com o de outrem (o que frequentemente acontece).

Secularmente prejudicados nas relações com a Espanha (veja-se o esbulho de Olivença pela Espanha que os sucessivos governos de Portugal não tem tido a coragem de colocar na mesa das negociações, como se a ocupação de uma parte do território nacional fosse um assunto de menor importância…), encontramos diariamente claros sinais da “amizade” dos nossos vizinhos. Mas a culpa não é deles que fazem o que lhes compete… é apenas da inacção dos nossos “governantes”.

Assaltam-me estas cogitações depois de n’ “O Diabo” de ontem ter lido a crónica de Ana Monteiro sobre a questão ferroviária peninsular. A jornalista dá conta da sua surpresa pela inadequação dos projectos portugueses e espanhóis, num claríssimo artigo. Tendo herdado do meu sábio pai uma sua máxima, “com os espanhóis sempre como o Senhor dos Passos, com um pé atrás”, já acompanhara o assunto, portanto, não fiquei surpreso, mas ainda assim, gostaria de perguntar aos nossos “governantes” onde andavam (ou de que magnos assuntos tratavam) quando permitiram que os espanhóis apresentassem um mapa sem nos consultarem e mesmo torpedeando os objectivos portugueses? Mais um, entre muitos, dos aspectos da “amizade” dos nossos vizinhos, que transformará os nossos portos em algo inútil e obsoleto (acham que a Espanha ignora que foi o mar que fez grande Portugal?). No mesmo artigo registam-se as palavras de Arménio Martins, presidente da Associação para o Desenvolvimento Ferroviário, que aplicadas ao assunto em apreço se aplicam, infelizmente em boa verdade, ao conjunto do país: “a actuação dos dirigentes portugueses foi confrangedoramente fraca”.

Portugueses acreditem, ainda é possível salvar Portugal, por isso conto com o vosso voto.

Tudo tem um fim…fora com eles!

Humberto Nuno de Oliveira

Cabeça de lista do PNR por Santarém

3 comentários:

Anónimo disse...

Heliel Nox Dei - Este palhaço já devia estar internado nos Goulags dos vossos amigos...mas como é burro nem sequer deve saber o que isso é!!!

Coyote

Anónimo disse...

aborto!!!!! sim tu és um grande aborto heliel!!!

Coyote

Anónimo disse...

O nosso problema com a soberania começa com o porco do Mário Soares a colocar Portugal na Europa sem qualquer objectivo a não ser o de lançar foguetes para distrair as pessoas da desgraça que foia sua governação.
Depois também temos uns portugueses com muito pouco orgulho nacioanal, antes cultivado.
Existem situações caricatas, os espanhois durante séculos tentaram vergar-nos e levaram sempre nas "orelhas", agora estão a conseguir, de uma forma silenciosa mas eficaz. Dominam Bruxelas e aí conseguem tudo o que querem (água dos nossos rios, pescas, tgv, etc.) e os nossos politiqueiros aplaudem e vão atrás dos contos da carochinha (se não forem já agentes infiltrados).
Temos ainda cultivamos imenso o espirito do subsídio dependente.
Não que seja mau quando aplicado com seriedade. Mas muito boa gentinha vive à custa disso, sem sequer tentar evoluir, è um ordenadito (casos conheço de gente de bem que no verão pedem o sbsidio da seca e no inicio do inverno já estão a pedir o das inundações, sem produzirem).
Os fundos que vieram da CEE, onde foram aplicados, como foram aplicados, que riqueza se gerou com eles, devia ser feita uma investigação séria a esta questão.
A Irlanda sobe utilizar esse dinheiro, mas nós , salvo excepções, apenas o usamos em esquemas (poder central, local e empresários.
Tão depressa o governo dá fundos da CEE para arrancar vinhas como a seguir dá para por vinha ????? (entre outros exemplos conhecidos.
Curioso ainda é o facto de empresários espanhois estarem a comprar o alentejo e a conseguir produzir quando os nossos portugueses não o conseguem.
Portugal e em especial os portugueses tem de ser reeducados e dirigidos, somos sempre um povo impar quando liderados por um grande líder.

Há muito para fazer se quisermos sair do buraco, mas é tudo o que os politicos não querem

não te maço mais
A bem da Nação

crm