- fui incumbido pela Direcção do Partido, por razões compreensíveis de urgência (pois caso contrário a posição do PNR não sairia à estampa), e de confiança nas minhas capacidades (o que me honra) de contactar o Director e jornalista responsável do referido jornal, o que fiz;
- foi-me pedido que preparasse uma resposta à atoarda de falsidades que saira na edição anterior daquele jornal;
- fi-lo de bom grado, em ampla discussão com pessoas que, por melhor conhecimento ou por consideração intelectual, me pareceram talhadas para tal;
- o comunicado foi, pois, elaborado por um conjunto alargado de pessoas e validado antes do seu envio ao jornal pela Direcção do Partido que me solicitou o seu envio (terça-feira passada);
- jamais, em qualquer momento me assumi com qualquer cargo directivo do Partido, serão, pois, os meus "cargos" resultantes das cogitações daquela redacção e eventualmente da utilização do meu e-mail pessoal como veículo de envio;
- jamais assinei como meu um texto que resultou de um trabalho de ampla e franca colaboração.
Parece, todavia, que o meu nome ou "usurpação de funções", que não procurei, levanta alguma contestação, lamento-o. Apesar de uma longa e difícil militância nacionalista, sabem muitos que não sou pessoa de fáceis rótulos, discordo de muito e por isso o espartilho de regulamentos partidários nem sempre se me adequa, daí a minha única reserva ao PNR desde o início. Não obstante sempre estive convosco (fui mesmo candidato nas primeiras eleições autárquicas à Assembleia Municipal de Lisboa) quando, de algum modo, a minha pessoa foi necessária. Sempre procurei os consensos, nem sempre fáceis no seio do Nacionalismo Português; sempre a todos exortei para uma verdadeira união em torno de objectivos fundamentais; sempre me prontifiquei ao combate pelo qual, literalmente, já verti sangue, suor e lágrimas.
Nestas eleições entendi, dada a situação do país, e penso que o provei (perdoem-me a imodéstia), que a minha participação e conhecimentos poderia ser útil ao Nacionalismo e em particular ao Partido. Pareceu-me ser tal consensual e assim, até há bem pouco tempo o entendi. Aparentemente não o foi. Desculpem-me os mais legalistas.
Não me move qualquer sede ou desejo de poder, acalmem-se pois os mais inquietos. A disponibilidade que manifestei pode acabar no mesmo instante, sem que tal, naturalmente ponha em causa o meu Nacionalismo que comigo há-de morrer.
Como escrevi acho que os futuros desafios do Partido devem ser amplamente debatidos, mas essa, sublinhei-o, é apenas a minha ideia. Não quero de modo algum que o meu nome seja obstáculo aos projectos de quem quer que seja. A minha vida demonstra-o, mais por actos que por palavras, como aliás é desejável.
Aos militantes do PNR, que folgo em ver tão activos, atentos e sobretudo desejosos de trabalhar, endereço, pois, as minhas desculpas por ter ocupado o vosso espaço.
Apenas um último conselho: atenção "jovens lobos" não deitem o trabalho de muitos anos a perder... a intempestividade nem sempre é a melhor conselheira.