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terça-feira, 19 de julho de 2005

NA IMPRENSA...

SOMOS TODOS RACISTAS – Assim começa a crónica de Isabel Stilwell directora da “Notícias Magazine” (edição 686 de 17 de Julho), a propósito dos recentes acontecimentos em Londres, uma interessante crónica da qual, com a devida vénia, transcrevemos o seguinte:

Somos todos racistas. E suportamos mal a diferença. A cor é apenas a mais óbvia, aquela que «salta aos olhos», mas se formos capazes de uma autocriticazinha rapidamente percebemos que dividimos o mundo em irmão, meios-irmão, primos direitos, em segundo, terceiro ou quarto grau, guardando ainda um canto para aqueles que não nos são nada, ou quase nada. Os atentados de Londres tocam-nos mil vezes mais do que as explosões que todos os dias abalam o Iraque, e matam gente tão inocente como aquela que naquela manhã apanhou o metro. Mas a verdade é que a dor só se torna tão mais próxima quanto mais próximas de nós forem as vítimas. Horas depois das notícias dos ataques em Inglaterra, as rádios e as televisões davam conta dos contactos feitos junto de embaixadas e consulados para saber se algum dos «nossos» teria sido apanhado na tragédia. Para suspirarmos de alívio quando o ferido afinal era colombiano, ou seja, um primo já afastado, merecedor da nossa solidariedade, com certeza, mas não das nossas lágrimas.

Deixo os comentários aos estimados leitores.

POST DE VERÃO – Sob o título “A praia finalmente” na mesma edição de “Notícias Magazine” escreve Zé de Bragança o seguinte:

A praia é, ontem como hoje, mais do que um destino desejado, uma convenção social. Vai-se para a praia porque toda a gente vai para a praia. Não propriamente porque se gosta. O destino balnear é escolhido por critérios de beleza, relaxamento e sossego [era bom se assim fosse, acrescento eu…], mas em função da moda que no momento impera em cada estrato social. A baixa classe média, do metalúrgico ao dono de retrosaria, opta pela Quarteira; os professores, escrivães e gerentes bancários acantonam-se em Montegordo; a gente bem, pretensamente bem, com aspirações ao estatuto e respectivos apêndices plantam-se no Ancão. E por aí fora, num et cetera tão longo quanto o número de praias que bordam a orla marítima portuguesa. Em cada uma destas grandes superfícies de corpos seminus encontramos as mesmas pessoas com que nos relacionamos durante o ano inteiro. Com uma diferença, geralmente desagradável: estão despidas.

Confesso que, amante de praias desertas, ou quase, e mesmo assim pouco e sobretudo sem paciência para “socialites”, ainda menos na praia, achei este texto fantástico.

1 comentário:

Anónimo disse...

Por acaso já pensaram que existem pessoas que gostam de praia e não é pelo social?????????

Caros amigos a vitamina D sempre foi essencial para o bem estar...quem não gosta de praia, areia, mar, não vai!!!

Átila88