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sexta-feira, 14 de outubro de 2005

NA HUNGRIA

No passado dia 6, em Budapeste, mantive uma reunião com o Secretário do MIÉP (Partido Húngaro da Justiça e da Vida), Dr. Àrpád Schmidt. Na reunião de cerca de duas horas constatamos as grandes convergências entre os nossos partidos e abordamos questões de interesse mútuo.

Partilhada a opinião de que, sem resolução dos problemas internos das várias nações europeias, dificilmente se poder erguer qualquer conceito justo de Europa que seja interessante para os povos europeus.

Entre os muitos aspectos abordados foram focadas as questões relativas ao silenciamento imposto pelos “media”, que lá como cá, visa o silenciamento de vozes alternativas e incómodas; o rigoroso acompanhamento policial das nossas actividades partidárias, como se de criminosos se tratasse quando a estes a polícia se vê limitada, quando não impedida, de atingir, as vergonhosas campanha de difamação, tão frequentemente movidas aos que ousam proferir a verdade e criticar o grande “centrão” do sistema, os problemas da imigração que na Hungria se verificam fundamentalmente com os ciganos relativamente a aspectos criminais e com os chineses relativamente a aspectos comerciais. Falando-lhe da situação em Portugal, foi interessante verificar, como os malefícios provocados pelo comércio chinês ali provocam os mesmos efeitos.

Amplamente debatida a sintonia entre as nossas duas nações sobre o estado do ensino e cultura nos dois países que quase negam os valores pátrios, provocando consequentemente uma objectiva política de desnacionalização, que aparentemente parece imposta por organizações supra-nacionais…

Pelo Secretário do MIÉP foi-me ainda dado de um gravíssimo problema que afecta os húngaros: a de vitimização imposta que lhes é imposta pelo facto de terem sido aliados do Eixo na 2ª Guerra Mundial e, supostamente, responsáveis pela deportação de 600.000 judeus. Em nome desta cifra, ainda hoje, com dinheiro público, se pagam compensações à comunidade judaica local que, assim, prospera à custa do já tão empobrecido povo húngaro. Pela denúncia de tal escandaloso facto não admira, pois, que, por não silenciarem a verdade, ainda sejam acusados de anti-semitismo. Sempre os mesmos rótulos oportunos.

2 comentários:

Humberto Nuno de Oliveira disse...

Caro Miguel,
se eu fosse Hungaro também as manteria...é uma espécie de Olivença deles... e da nossa já sabes não abdico.
Mas o melhor mesmo foi ler linhas de tão prezado, quanto ausente (em distantes terras...), camarada.
Um abraço amigo e lusitanamente saudoso do
Humberto Nuno

Humberto Nuno de Oliveira disse...

Caro Miguel,
a Transilvânia foi só um pretexto para o "ouvir" e lembrar Olivença.
Ao que sei estaremos juntos num debate sobre Nacionalimo, em breve.
Um abraço amigo
Humberto Nuno